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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Seca


A seca por aqui atingiu quem não podia ser atingido. Os agricultores, no interior. Para quem mora na capital, região metropolitana, e litoral, portanto não vive de agricultura, até que tem chovido bastante, ou seja, está chovendo no lugar errado.

Aqui, na minha cidade, acordei ontem as 8 horas e parecia noite. Chovera a madrugada toda, ainda chovia muito, tempo nublado, com nuvens muito carregadas e escuras. Vi no meu pluviômetro que chovera 52 mm e a temperatura na minha varanda era de 24º C, frio para nossa região nesta época.

Ao sair deparei-me com uma cidade um tanto vazia, poucas pessoas nas ruas, muito agasalhadas, com seus guarda-chuvas. Chegando a BR 116, vi muito trânsito em direção a Fortaleza, o povo indo trabalhar. Veículos com faróis acesos, trânsito lento, limpadores de para-brisa sem dar conta de seu trabalho, vidros embaçados.

Demorei a chegar a Fortaleza. Lá encontrei o caos. Ruas e avenidas alagadas, semáforos apagados, trânsito parado, bueiros abertos, muitos pequenos acidentes. E o povo insiste em morar em grandes cidades, com suas ruas impermeabilizadas pelo asfalto, que gera um calor insuportável quando faz sol e alaga tudo quando chove.

Retornei a noite, cansado, encontrei um céu limpo uma lua crescente, quase cheia, a alegria de estar de novo em casa, indescritível.

Viva minha cidadezinha, onde posso viver em um pequeno sítio ao pé da serra.

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