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sábado, 24 de janeiro de 2009

2009, É O ANO DO SOL! VAMOS BRILHAR JUNTOS E JUNTAS

Temos comentado a violência e clamado por paz. Eis que neste inicio de 2009, de alguma aldeia distante, por onde anda buscando suas raízes, quando não está cantando, me chega o e-mail de minha amiga Eliane Brasileiro, que reproduzo aqui, com sua foto, para ornamentar meu blog.

Que você Eliane, persevere sempre nesta salutar teimosia "de que um mundo mais pacífico é possivel". Que neste ano, com muita paz, voce possa viver dias de "gigantescos palcos iluminados".

Em sua mensagem, ela nos diz:

"Chegou 2009! Como sempre, avaliamos um pouco os projetos realizados com sucesso, e outros nem tanto. Mas a força e a garra daquelas(eles) que seguem firmes em busca de dias melhores em comunhão com as lutas e causas sociais em todo o mundo, com a ecologia, com a mística universal que nos rege, com a arte, é algo que muito me estimula a seguir vivendo com alegria!!!

De 2006 a 2008 algumas realizações profissionais proporcionaram satisfação em minha trajetória artística. Algumas práticas ainda me mostram que tenho muito a aprender com a proeza de produzir o meu próprio trabalho.

Nestes dois anos, posso citar a honrosa experiência da parceria. Com os meus parentes indígenas nas Produções Culturais da Conferência Nacional de Saúde Indígena e Mostra de Saúde Indígena (juntamente com Ramona Carlos, coordenadora dos eventos citados); o Intercambio com o Círculo dos Saberes (MT), com Isabel Taukane, a realização do Espetáculo “Mezcla Morena”, as oficinas de Interpretação Vocal, e as parcerias com o Projeto Sertão Vivo (CE) e a Associação Cultural de Solidariedade e Arte - Solar, do nosso Maracatu Cearense!

Hoje, tenho a consciência lógica de que o caminho que escolhi, não foi só uma escolha por intuição à arte, mas a certeza de minha missão. Esta intuição não se restringe em cantar só por cantar, mas aprender, estudar, levar o meu amor pelo que faço a todos os cantos aonde a arte na qual acredito possa me levar e possa ser partilhada com amor, paixão, simplicidade, com dignidade e beleza, compromisso, disciplina e investimento.

Durante estes dois anos também, tenho acompanhado o poeta, cantor e compositor Zé Vicente. Muito mais que um grande artista, meu amigo, meu parceiro nos sonhos, nos projetos, em algumas ações de arte-vida!

Viajamos por quase todo esse imenso país, nas grandes cidades, nos pequenos vilarejos, em lugares inusitados, conhecendo realidades nunca antes imaginadas, experimentando cores, sabores, climas, perigos, nos aventurando nos rios, nos ares, estradas, conhecendo gente linda, corajosa que aposta e enfrenta muitos desafios... E gente doente também...

Um dia num gigantesco palco iluminado, outro, num cantinho simples com um só microfone para dividir as vozes... Muitas vezes com um público estimado em mais de 10 mil pessoas, outro, vendo o rosto de cada um, cada uma, nos 100 ou menos, que cantam junto conosco todas as canções que embalam os seus dias de esperança... A mensagem é simples: Paz!. “Paz na nossa casa, na nossa família, na nossa cidade, no nosso país, no mundo, no universo”! (ZV). E assim perseguindo essa teimosia perseverante de que um mundo mais pacífico é possivel, seguimos andando! Brilhando Juntos!

Tenho aprendido tantas coisas. Mas a maior de todas talvez seja perceber que o maior presente do Criador é o presente, onde a gente possa ter a oportunidade de agradecer!

E eu, cantante, mãe, árvore, plena do amor que me gerou e fincou em mim a emoção de ser possuída pela arte, desejo que sigamos juntas (os) lado a lado formando uma cultura de paz.
Grata por sua existência.

Beijo de luz.
Eliahne Brasileiro.
22 DE JANEIRO DE 2009
Ainda chove sobre Fortaleza... E nós, cearenses, amamos a chuva! Eu sou grata!"

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

A situação das crianças no mundo

Ontem, quinta-feira, 15 de janeiro de 2009, em Paris, França, o Fundo das Nações Unidas para a Infância – Unicef divulgou o relatório do seu levantamento “A Situação das Crianças no Mundo”.

Segundo o relatório do Unicef, por falta de cuidados médicos morrem anualmente durante a gravidez ou no parto, meio milhão de mulheres. Quatro milhões de bebês, não atingem o primeiro mês de vida.

A metade das mortes ocorrem em sete países pobres da África e três da Ásia, onde o risco de morte dessas mães é de 1 para 76, enquanto no países industrializados é de 1caso para 8 mil.

O relatório do Unicef conclui que a maior parte das mortes se dá por hemorragias, infecções diversas, complicações pós-abortos, hipertensão e obstrução do trabalho de parto.

O que o Unicef não pode dizer, mas o dizemos nós, é que tais complicações são evitáveis, e bastaria maior vontade política dos gestores. Se apenas 10% do que é gasto mundialmente com guerras, fosse encaminhado para a saúde, não só evitaríamos estes problemas, mas acabaríamos com a fome no mundo.

No ano 2000, por sugestão da ONU, 128 países assinaram um documento no qual se comprometiam a reduzir pela metade a fome, até 2015. Os compromissos não estão sendo cumpridos pela maioria, e a meta não será atingida.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Basta de violência!

Há pouco tive a oportunidade de escrever aqui sobre a violência que ainda ocorre, e é crônica, na Faixa de Gaza. Nossos avós já tinham o hábito de repetir o ditado popular de que “macaco não olha o próprio rabo”. Vi nos jornais de hoje uma estatística da violência no Brasil em 2008 e tomei um susto. A violência está aí, mas parece que nos acostumamos a ela, e nem a percebemos mais. Estamos anestesiados, adormecidos.

Para despertarmos, é preciso que uma Ong, do porte e seriedade de uma “Human Rights Watch” – HRW, venha a público dizer que no Brasil, a violência mata 50 mil pessoas em um ano, isto mesmo: 50.000 pessoas em um ano! E estas mortes ocorrem por violação de direitos humanos dentro de presídios, por tortura, trabalho forçado, análogo ao de escravos, ameaças e execução de indígenas, quilombolas e grupos de sem-terra.

Vamos comparar? A mesma HRW afirma que nos primeiros vinte dias do conflito na Faixa de Gaza morreram mil palestinos, e do lado de Israel morreram dez soldados e três civis, portanto um total de 1.013 mortes em vinte dias. Se triplicássemos este número e fizéssemos dele a média mensal para 2009, ainda assim o número de mortes em todo o ano seria menor que as mortes no Brasil, por violência. E isto não choca a maioria dos brasileiros!
Quer mais? A Ong afirma que a polícia é responsável direta, por uma em cada cinco mortes intencionais. Não assusta? E se eu dissesse que aplicando este percentual, então das 50 mil mortes, a polícia teria sido responsável por dez mil? É revoltante.

Entre muitas outras estatísticas revoltantes, a HRW afirma que “o Brasil continua sem submeter a julgamento os responsáveis pelas atrocidades cometidas durante o período de ditadura militar (1964-1985). Para a Ong, "a Lei de Anistia de 1979 tem sido interpretada para barrar processos contra agentes do Estado".

No meio de tudo isso, meu amigo e blogueiro Jânio Alcântara, criador do Blog DUSBONS, no qual presenteia diariamente os amigos e leitores com excelentes textos, e que afirma ter no blog a proposta de “indicar e comentar sobre Música, filmes (Cinema, DVD e TV paga), livros, textos e seres humanos que considero DUSBONS, em especial ligados ao autoconhecimento e à Espiritualidade do Ser”, resolve abordar a temática PAZ, contrapondo-se à violência urbana de nossa Fortaleza.

Sua postagem recente “Meditando/Mentalizando/Orando por uma Fortaleza em Paz”, e que está em http://dusbons.blogspot.com/2009/01/fortaleza-em-paz.html é um chamado à responsabilidade de todos aqueles que querem e podem fazer algo pela nossa cidade, pela nossa própria vida.

Nesta postagem, somos convidados a conhecer o “site FORTALEZA EM PAZ para saber como contribuir num projeto de cunho científico no qual as pessoas de boa vontade poderão fazer parte da História ajudando a aumentar a paz na nossa cidade de Fortaleza, através de orações e meditações”.

Quem quer conhecer melhor a proposta pode ir HOJE, quinta-feira, dia 15/JAN/2009, às 19h30min, no mezzanino da Torre Empresarial Quixadá - Av. Barão de Studart, 2360 - Joaquim Távora) e assistir a palestra do Professor Doutor HARBANS ARORA, que falará sobre "A ABORDAGEM QUÂNTICA: IMPLICAÇÕES E APLICAÇÕES", com recursos audiovisuais (músicas e datashow), onde ao final vai compartilhar como podemos participar do Projeto Fortaleza em Paz.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Líderes, esforçadas, cínicas e indiferentes

Muito se tem falado sobre sustentabilidade no país. Empresas estão se beneficiando de incentivos fiscais e municípios e estados estão recebendo prêmios e citações por apresentarem excelentes resultados, quando o assunto é sustentabilidade.No entanto, tais ações destes estados, municípios e empresas, não resistem a uma análise séria.
Na revista Ideia Socioambiental, li na coluna semanal de Ricardo Voltolini*, a matéria “líderes, esforçadas, cínicas e indiferentes”, que categoriza as empresas de forma interessante e nos dá subsídios para classificar as empresas que nos rodeiam. Em Itaitinga, aplicando a teoria de Ricardo Voltolini, a maioria das empresas é “indiferente”, mas são seguidas de perto, quase em um empate técnico, pelas “cínicas”.
Vejam a matéria:

Desde quando apresentou, em agosto de 2008, uma classificação em quatro categorias de empresas em relação à sustentabilidade, esta coluna tem recebido uma quantidade importante de e-mails de leitores de todo o Brasil solicitando exemplos de companhias líderes, esforçadas, cínicas e indiferentes. Descontados os que demonstram interesse explícito na polêmica pela polêmica, atrás de rankings fáceis ou de notas baixas para empresas pelas quais nutrem antipatia, a grande maioria parece mesmo preocupada em conhecer melhor as corporações e, assim, usar o seu poder de compra, premiando as mais sustentáveis e punindo as menos comprometidas com o assunto. Deseja ter uma espécie de mapa de orientação para se defender das mentiras do greenwashing.

Classificações – vale dizer -- servem tão somente para orientar o raciocínio e facilitar a compreensão. Não devem ser tomadas ao pé-da-letra. No caso específico da que foi proposta em 2008, ela se prestava –e se presta ainda -- a ampliar o repertório de critérios objetivos proporcionando ao leitor elementos para ele próprio julgar o quanto a empresa é ou não sustentável. A respeito desses critérios, vale relembrar as características apontadas para empresas de cada uma das quatro categorias.

As líderes, como o nome sugere, estão à frente das demais. Não só porque avançaram mais, e de modo acelerado, mas porque acolheram, com maior convicção, o desafio das mudanças de processos, modelos e estratégias de negócio imposto ao longo da jornada da sustentabilidade. E eles são muitos e complexos. Pioneiras, iniciaram-se há pelo menos 10 anos, quando o tema equivalia quase a um gesto altruísta mais do que representava uma nova lógica de gestão. Abriram a trilha, em meio a um deserto, tentando convencer os acionistas de que não deixariam de ser lucrativas por assumirem responsabilidades socioambientais.

As empresas líderes fizeram uma trajetória semelhante. Primeiro, realizaram investimento social privado, ajudando a promover o desenvolvimento de comunidades. Depois, inseriram práticas de responsabilidade social em sua cadeia produtiva, passando a considerar, na gestão do negócio, os impactos de suas atividades sobre os diferentes públicos de interesse. E, mais recentemente, adotaram o triple bottom line como mote para pensar e fazer negócios, encarando a sustentabilidade não mais a partir da lógica prevalente do risco, mas da racionalidade ascendente da oportunidade e da inovação. Nelas, há sempre a presença de um líder missionário do tema, com crenças firmes e compromissos, claros.

As esforçadas acompanham as pegadas das líderes. No entanto, o fazem em ritmo mais lento, não tão linear, com idas e vindas, ou porque demoraram um pouco mais a pegar a estrada sustentável ou simplesmente porque estão em negócios complexos (em que mudanças de modelo são onerosas e representam desafios difíceis de superar no curto prazo) ainda enfrentam os dilemas decorrentes da implantação de práticas de responsabilidade social. Como nas líderes, percebe-se nelas atenção específica a ações de ética e transparência, engajamento de fornecedores, preservação de meio ambiente, respeito a direitos humanos e diálogo com comunidades. A despeito de consistentes, essas práticas, dissociadas da estratégia, ainda não foram suficientes para mudar modelos de negócios. Carecem de liderança mais compromissada, crenças mais fortes, prioridade ao tema e cultura organizacional receptiva às mudanças.

As cínicas são as que se dizem sustentáveis apenas por conveniência. Não fazem nenhum esforço para serem sustentáveis. Sequer sabem o significado do conceito em toda a extensão. Para fora, adotam uma pregação altruísta. Para dentro, seguem grudadas ao velho modelo mental do bottom line trimestral e do retorno ao acionista como o principal compromisso. No fundo, acham a sustentabilidade uma idéia boba, uma filosofice incompatível com negócios, um custo extra que vai reduzir competitividade. Crêem, obtusamente, no dilema já decadente de que não é possível ser rentável e sustentável ao mesmo tempo. Para elas, responsabilidade social é ter um projeto comunitário bacana, pequeno e barato.

Ninguém precisa se dar ao trabalho de distinguir as indiferentes. Até porque elas não desejam ser reconhecidas como sustentáveis. Não possuem crenças nem práticas socioambientais. Seus líderes estão demasiamente ocupados com seus próprios problemas para pensar em comunidades, meio ambiente, ética, governança e desenvolvimento social. Assim como as cínicas, as indiferentes também não enxergam muito sentido no conceito. A diferença é que não fazem nenhuma questão de parecerem interessadas nele. São, simplesmente, desligadas.

Uma boa maneira de reconhecer as categorias é analisar a história do tema em cada empresa, sua evolução, o modo como os líderes o defendem e como se insere no seu jeito de pensar e fazer negócios.

* Ricardo Voltolini é publisher da revista Idéia Socioambiental e diretor da consultoria Idéia Sustentável. ricardo@ideiasustentavel.com.br http://www.ideiasocioambiental.com.br/

Você lê Ricardo Voltolini todas as quartas-feiras na Envolverde. (Envolverde/Revista Idéia Socioambiental)

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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Terrorismo de Estado

Terrorismo de Estado é como se pode classificar a ação do exército israelense contra a Faixa de Gaza, território palestino, causando danos materiais, milhares de vítimas e de desabrigados, centenas de mortes de civis, notadamente crianças e idosos.

Israel se justifica diante do mundo perplexo, afirmando que age em defesa própria, que reage a ataques terroristas. Tais ataques, se existem, praticados por pequenos grupos radicais, não podem nem devem ser respondidos com o ataque contra uma cidade, contra civis, com a invasão do país. Estamos diante de uma prática comum do exército de Hitler, como se viu em Guernica: a retaliação contra a população civil!

A Organização das Nações Unidas – Onu, vem há algum tempo emitindo resoluções onde condena Israel pela ocupação de territórios palestinos. O governo dos Estados Unidos (EUA) apoia tais resoluções, mas não interfere diretamente no conflito, onde tem condições, se quiser, de deter os ataques israelenses, feitos para “combater o terrorismo”. Estes ataques aumentam o ódio dos grupos radicais e da própria população contra Israel, os EUA e os seus aliados, aumentando o clima de tensão mundial.

Em todo o mundo, e por todo o Brasil há movimentos que estão sendo organizados pela paz, contra a guerra. Participe também destes movimentos, engaje-se em defesa da vida, da liberdade.

Durante toda a minha vida, sempre procurei somar humildemente a minha voz, aos que condenam os brutais ataques das forças armadas de Israel, invadindo o território palestino.

Quero hoje reafirmar, mesmo que poucos leiam, o meu integral apoio à causa palestina.