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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Mais escolas e educação, com professores em greve


Hoje pela manhã, iniciei o meu dia de forma diferente, fazendo algo que nunca faço. Ao acessar a net fui direto para um site de relacionamento social. E ali estava ele, um amigo virtual, de São Paulo, professor universitário, que postara minutos antes um desabafo indignado. Uma aluna sua acabara de lhe perguntar “o que vem depois de fevereiro”. Silenciosamente, ele retirou-se da sala e foi tomar um café, esfriar a cabeça e retornou para responder. Eu teria logo dito, depois de fevereiro vem a páscoa, o dia das crianças, a festa da independência, o natal. Mas ele é paciente e respondeu direitinho.
Do outro lado, para acabar com este tipo de pergunta em sala, melhorando o nível do aluno, vemos o governo Dilma, nesta semana sancionando o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Tecnológico – Pronatec, o mais importante programa de capacitação do país. Vitória da educação e dos educadores.
De acordo com o livro “O Brasil de Lula e o de FHC”, do economista José Prata Araújo, em 1909, foi inaugurada a 1ª escola técnica profissionalizante, federal. De lá, até o final do governo FHC, ou seja, de 1909 até 2002, o país tinha 140 escolas técnicas federais. Lula, em oito anos fez mais 214 novas escolas. Dilma continua, muitas estão em obras hoje, e até o próximo ano o país terá 600.
Mas há problemas paralelos a serem resolvidos. A presidenta está abrindo concurso público para o preenchimento de 77 mil vagas para fazer funcionar tanta escola técnica. É geração de emprego e renda, melhorando a educação no Brasil. O problema é que há muito professor e poucos educadores. A qualidade do ensino é sofrível em muitos lugares. Para crescer a rede de ensino temos que melhorar o nível da educação, que melhora quando melhorarmos o nível do professor. O país dá condições, para quem quer estudar e melhorar seu nível. Formados, poucos querem.
Vejamos as greves. No estado professores entram em greve por melhor salário, mesmo havendo um piso nacional, que eles alegam não ser cumprido. Se não é cumprido, no lugar de greve o sindicato deveria propor uma ação junto ao Ministério Público. Se os professores ganham a ação, recebem o piso, se perdem, não podem fazer greve.
Mas na greve do estado, houve um ponto positivo. A união da categoria, sempre presente nas ruas, nas escolas, em assembléias. Mas e a greve dos professores federais? Os caras largaram a universidade e os institutos federais e viajaram com as famílias para curtir Buenos Aires, ou foram cuidar de seus mestrados. Alunos perderam o semestre, pois não será possível a reposição de 90 dias parados, dentro do mesmo semestre. Chamo isso de irresponsabilidade.

Na foto acima vemos a fachada do IFET-CE
O texto desta postagem pode ser visto no vídeo blog FRAGMENTOS, em http://www.youtube.com/watch?v=wGMaHm1W9mo

Um comentário:

Daniel Perroni Ratto disse...

Adorei Paulo, todas as ponderações são pertinentes Não poderia haver explanação mais sensata e coerente!
Parabéns!

ps: vou colar esse meu coment no face tb!

abraços